HISTÓRIA DA CAPOEIRA

A capoeira surgiu em solos brasileiros numa mistura de crenças e ritos trazidos da África na época da escravidão, sendo considerada, assim, uma arte Afro-Brasileira. Os negros africanos, chamados de “negros de Angola”, eram trazidos à força para o Brasil para trabalhar nos grandes engenhos como escravos, e, não aceitando essa situação, eles criaram um sistema de defesa e ataque com golpes e esquivas (como pernadas, cabeçadas, rasteiras etc), e o utilizavam para fugir dos engenhos.

A palavra “capoeira” vem de “mato rasteiro”. Os negros fujões se escondiam em grandes campos de mato rasteiro em busca de liberdade. Em cada lugar do país, eles se organizaram de alguma forma, criando quilombos e grupos de malta.

Como os principais portos de chegada de escravos se encontravam em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, esses foram os locais onde a capoeira mais se difundiu, principalmente na Bahia e no Rio de Janeiro, com os grupos de maltas.

Antigamente, a capoeira era muito mal vista; arruaceiros, valentões e brigões da época eram tidos como capoeiristas, denegrindo a imagem dessa arte. A capoeira passou por muitas fases, sendo até proibida de 1900 até 1937, quando Mestre Bimba, um dos maiores ícones da arte da capoeira, foi convidado para fazer uma apresentação para o então interventor Juraci Magalhães. Mais tarde, em 1952, esse mesmo Mestre fez uma outra apresentação importante, dessa vez para o presidente, Getúlio Vargas. Bimba conseguiu com essas apresentações legalizar a capoeira e mudar o conceito ruim que a capoeira possuía.

Hoje em dia, a capoeira é praticada em quase todo mundo, e em 2008 foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).